sexta-feira, 6 de março de 2009

Departamento de Historias

A revista Opsis surgiu em 2001 da iniciativa de um pequeno grupo de professores reunidos na Universidade Federal de Goiás, no Campus Avançado de Catalão, que se organizaram e criaram o Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa e Estudos Culturais no anseio de edificar um espaço que agregasse pesquisadores e viabilizasse a produção de investigações e discussões ligadas ao campo da cultura. A revista veio após a criação do Núcleo (1997) e foi pensada como um veículo de difusão de suas produções e como instrumento de troca, de interação e de intersecção com pesquisadores de outras instituições.
A revista segue as diretrizes do Núcleo e sua proposta de diálogo interdisciplinar com as diversas áreas do conhecimento humano e social, ao invés de fechar numa disciplina em específico e ater às suas amarras e limitações. Ainda que a presença dos historiadores tenha sido primordial e majoritária no grupo, que teve seu núcleo inicial alargado também por pesquisadores das áreas da educação, psicologia, geografia, educação física, letras..., a perspectiva de abordagem plural dos objetos de estudos, de situá-los em zonas fronteiriças e nas encruzilhadas de tantos saberes, de abertura para outras ciências, tem prevalecido.
Opsis é um termo grego que significa visão e designa aquilo é visível e confiado ao olhar, à observação. Portanto, a revista está aberta aos olhares diversos sobre a realidade cultural pensada de modo amplo tanto como as múltiplas práticas humanas e sociais como os modos diversos de vida e as experiências neles produzidas. Deste observatório do campo cultural da sociedade seus membros e colaboradores focam suas visões, múltiplas, sobre as mais diversas facetas da existência e o fazem com documentação e embasamento teóricos também diferenciados.
A revista, com periodicidade, até então, anual, tem seguido a dinâmica de publicar um dossiê com a temática abordada nos simpósios produzidos pelo Núcleo no ano anterior. Desta forma, em 2001, publicamos o “Dossiê Cultura e Fim de Milênio”, tema abordado no I Simpósio de 2000; em 2002, produzimos dois números, o primeiro sobre o II Simpósio, ocorrido em 2001, que teve por tema “Cultura e Religiosidades”, e o segundo voltado para as questões referentes às “Vozes, Imagens e Memórias”; em 2003 tratamos da relação “Cultura, Arte e Técnica”; em 2004 o foco foi “Cultura Popular”, objeto discutido no encontro de 2003; em 2005 a problemática foi “Comunicação e Cultura” e, em 2006, “Gênero e Cultura”.
Com essa trajetória a revista está completando sete anos. Não é ainda uma adolescente, mas chegou à idade da perda da inocência e tem vencido, inclusive, a ameaça constante de ter vida efêmera. Nessa nova fase algumas mudanças substanciais estão sendo realizadas em sua configuração. A jovem mensageira de Clio deixa de ser Revista do NIESC, tornando Revista do Curso de História, mas sem abandonar a perspectiva de ater-se às interfaces com os saberes vizinhos. Menina moderna, antenada com seu tempo, já não se contenta mais em sair a público apenas uma vez por ano e prepara saídas semestrais; a primeira envolta pelas discussões do VII Simpósio do NIESC (Corpo e Cultura), ocorrido no primeiro semestre de 2006, como de costume, e a segunda com o tema do VII Simpósio do Curso de História (Clio e seus artífices, repensando o fazer histórico), que ocorreu no segundo semestre do ano passado. Além disso, quis ser vista também em outros espaços e com outra feição, figurando agora na rede de computadores com roupagem eletrônica e recebendo já visitas nesta página.

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