quinta-feira, 29 de maio de 2008

Os Assírios

O povo assírio viveu na antiga Mesopotâmia, região compreendida entre os rios Tigre e Eufrates. Sua capital, nos anos mais prósperos, foi Nínive, numa região que hoje pertence ao Iraque. O Império assírio abrange o período de 1700 a 610 a.C. , mais de mil anos. Os assírios eram ferozes guerreiros e usavam sua grande força militar para expandir seu Império. Libertando-se dos sumérios, conquistaram grande parte do seu território, mas logo caíram em poder dos babilônios, um povo que morava ao Sul da Mesopotâmia. Em 1240 a.C, empreenderam a conquista da Babilônia, e a partir daí começaram a alargar as fronteiras do seu Império até atingirem o Egito, no norte da África. O Império Assírio conheceu seu período de maior glória e prosperidade durante o reinado de Assurbanipal (até 630 a.C). Cobravam pesados impostos dos povos vencidos, o que os levava a revoltarem-se continuamente.

Ainda no reinado de Assurbanipal, já os babilônios se libertaram (em 626 a.C.) e capturaram Ninive. Com a morte de Assurbanipal, a decadência do Império Assírio se acentuou, e em 610 a.C. a última de suas cidades caiu em poder dos invasores.
A escrita dos assírios constituía-se de pequenas cunhas feitas com um estilete em tabuletas de argila — é a chamada escrita cuneiforme. Descobriram-se milhares de tabule­tas na biblioteca de Assurbanipal em Ninive, conhecendo-se grande parte da história do Império Assírio a partir de sua leitura.

Os palácios de Nínive são cobertos de es­culturas em baixo-relevo, representando cenas de batalha e da vida dos assírios. Também por eles sabemos muito da história desse grande Império do passado
Pelo fato de ser uma área fértil cercada por desertos e terras áridas, a Mesopotâmia foi historicamente uma região de impérios de curta duração. Diversos povos lutaram nesse pedaço de terras férteis, os sumérios, os acádios, os guti, os elamitas, os amoritas. E novamente os acádios, os amoritas e os cassitas. Os cassitas anexaram o pequeno reino de Ashur, a Assíria.
Só que a Assíria reagiu e se tornou um grande império.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

João Goulart

Neste ano de 2004, o golpe militar de 1964 está completando 40 anos. Durante todo esse tempo foram produzidos vários trabalhos sobre a oposição militar e civil ao governo de João Goulart. Entretanto, sua própria trajetória como ator político, que o levou a ocupar o mais alto cargo da República, e sua atuação no período de exílio permaneceram temas obscuros, não merecendo maior atenção de estudiosos e pesquisadores.

Em março deste ano, por ocasião do 40º aniversário da instalação do regime militar no país, foram organizados seminários e palestras, surgiram publicações acadêmicas, circularam suplementos especiais da mídia voltados para a análise e discussão dos anos de chumbo da história contemporânea do Brasil e, neste contexto, Goulart voltou à cena. O mérito principal desse debate foi trazer para o campo historiográfico um personagem esquecido e de grande relevância para o entendimento das lutas pela construção da democracia no país.

No entanto, um balanço das contribuições apresentadas indica que as discussões apenas começaram. Primeiramente, os próprios condicionantes impostos pelo formato dos eventos, relacionados essencialmente ao regime militar, reservaram um lugar menos importante para Jango e seu governo. Apenas alguns temas e aspectos de sua trajetória foram objeto de exame, sendo ressaltados principalmente os impasses de seu governo, que levaram à sua deposição. Um entendimento mais completo de seu papel na história brasileira deve percorrer ainda uma ampla agenda de questões e estudos.

Este dossiê sobre a trajetória política de Jango, que o CPDOC agora apresenta, se insere no esforço constante do Centro para oferecer a um público amplo informações sobre a história contemporânea do Brasil e estimular novas pesquisas nessa área.
Como os demais dossiês já lançados, este trabalho, realizado sob a coordenação de Célia MariLeite Costa e de Suely Braga da Silva, é resultado de um esforço conjunto de todos os pesquisadores do CPDOC. A maioria dos documentos apresentados pertence igualmente ao acervo do Centro.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Teatro

O teatro barroco herdou os avanços renascentistas na construção de cenários com perspectivas ilusionísticas, o que estava ligado à revivescência da arquitetura clássica. Arquitetos como Vincenzo Scamozzi, Sebastiano Serlio, Bernardo Buontalenti e Baldassare Peruzzi haviam participado ativamente da concepção de cenários de impacto realista, seja através de painéis pintados, o que era mais comum, seja com construções realmente tridimensionais sobre os palcos, e pelo fim do século XVI a cenografia se tornara uma parte importante na representação teatral. Ao longo do século seguinte adquiriu relevo ainda maior, e como os cenários teatrais não estavam sujeitos às limitações da arquitetura real, desenvolveu-se uma linha de cenários altamente fantasiosos e bizarros, onde a imaginação encontrou um terreno livre para se manifestar.À medida que os cenários móveis se tornavam mais complexos, da mesma forma evoluíam as casas teatrais, até então construções temporárias ou de proporções modestas. O primeiro grande teatro permanente fora erguido em Florença em meados do século XVI, e no século seguinte vários outros apareceram. O primeiro proscênio permamente surgiu em 1618 no Teatro Farnese em Parma, sob a forma de uma derivação de um arco de triunfo. Fixos, limitavam a visão do público à regra da perspectiva central, que correspondia simbolicamente à visão do governante, um reflexo da ideologia absolutista.

Também herança do Renascimento foram a presença amiudada de motivos clássicos e a concepção da ação numa unidade de tempo e espaço, que havia sido definida por Aristóteles na Grécia Antiga. O resultado dessa regra foi a narrativa se desenvolver em um único local num mesmo dia, forçando a ação dentro destes limites rígidos. Essencialmente artificial, este tipo de teatro só encontrou apreciadores entre a elite italiana. Contudo, à medida que o Barroco progredia, estes parâmetros foram paulatinamente sendo abandonados, enquanto que na Inglaterra e Espanha, por exemplo, a tradição dos mistérios e paixões medievais continuava viva. No fim do século XVI nasceu um dos gêneros teatrais mais importantes, a ópera, que foi concebida inicialmente como uma ressurreição do drama clássico grego, mas logo se desenvolveu para tornar-se a súmula de todas as artes, envolvendo representação, dança, música e um complexo aparato cênico para a produção de efeitos especiais. Também reservada de início às elites, logo se tornou apreciada pelo povo, fazendo imenso sucesso em quase toda a Europa.
A despeito de sua rápida popularização e enorme prestígio entre a nobreza, chegando a deslocar o drama falado como o gênero favorito de teatro,a ópera como um gênero representativo enfrentava limitações sérias, além de ser regida por uma série de convenções. A dificuldade de se conseguir uma eficiência dramática com a ópera barroca derivava de vários fatores. Em primeiro lugar poucos cantores tinham verdadeiro talento como atores, e no mais das vezes sua presença em palco só se justificava pelas suas habilidades vocais. Em segundo, grande número de libretos era de baixa qualidade, tanto em termos de idéia como de forma, tendo seus textos reformados e adaptados infinitas vezes a partir de várias fontes, resultando em verdadeiros mosaicos literários. Em terceiro, a própria estrutura da ópera, fragmentada em uma longa sequência de trechos mais ou menos autônomos, as árias, coros e recitativos, entre os quais os cantores saíam e voltavam à cena várias vezes para receber aplausos, anulava qualquer senso de unidade de ação que mesmo um libreto excelente pudesse oferecer.As árias eram seções essencialmente estáticas, serviam acima de tudo para exibir o virtuosismo do cantor e faziam uma meditação altamente retórica, estilizada e formal sobre algum elemento da narrativa - cantavam um sentimento, planejavam uma ação, refletiam sobre algum acontecimento anterior, e assim por diante, mas não havia ação nenhuma. A trama era levada adiante somente nos recitativos, partes cantadas de uma forma próxima da fala, com acompanhamento instrumental reduzido a um mínimo. Os recitativos eram os trechos que o público considerava menos interessantes, vendo-os como necessários apenas para dar alguma unidade na frouxa e vaga coesão dramática da maioria dos libretos, e durante sua performance era comum que os espectadores se engajassem em conversas com seus vizinhos, bebessem e comessem, circulassem pelo teatro, enquanto esperavam a próxima ária. Destarte, as óperas da época podem bem ser consideradas peças de concerto com uma decoração visual luxuriante e apenas um esboço de ação cênica. No caso da França, porém, a situação era diferente. A ópera nacional francesa, chamada de tragédia lírica, como concebida pelo compositor Jean-Baptiste Lully e o libretista Philippe Quinault, tinha libretos de alta qualidade, uma perfeita adequação entre música e texto, e consistente desenvolvimento dramático, superando em popularidade os dramas falados até de Racine, que então estava no auge de sua carreira.
Karel Dujardins: Uma companhia de Commédia dell'Arte em um palco ao ar livre, 1657. Museu do Louvre
O Curral de Comédias em Almagro, um típico teatro espanhol do século XVII, em uso ininterrupto desde entãoDuas outras tendências influentes também floresceram no Barroco. A primeira foi a da Commedia dell'Arte, um gênero popular e cômico de características heterogêneas, derivado em parte dos jograis da Idade Média, das festividades e mascaradas populares espontâneas do Carnaval e do folclore. O gênero se estruturou na segunda metade do século XVI e se consolidou ao iniciar o século XVII, e em vez de se fixar somente no texto escrito dava amplo espaço para a improvisação. Mas longe de ser apenas um improviso, requeria um grande domínio da técnica representativa e um fino senso de ação em conjunto. Seus temas eram do cotidiano, ou faziam paródias de motivos consagrados pela tradição clássica, entremeando-os com exibições de malabarismo e canções populares. Vários dos personagens da Commedia dell'Arte eram tipos fixos, como Pierrot, Colombina, Arlequim, Polichinelo, reconhecíveis por máscaras e trajes característicos. Apresentavam-se nas ruas como grupos itinerantes, falando no dialeto local, mas também participavam de festas nobres. Algumas companhias alcançaram fama continental e inspiraram autores barrocos como Molière e Carlo Goldoni, como antes já haviam inspirado Shakespeare.

A outra tendência de vasta repercussão foi o teatro sacro desenvolvido pelos jesuítas, como parte de suas estratégias contra-reformistas. Embora mantendo traços do drama clássico na forma, na técnica e na linguagem, seus temas eram naturalmente religiosos e seu propósito, declaradamente doutrinário. O drama jesuítico foi muito cultivado em todos os colégios mantidos pelos padres, e se tornou parte integral da empreitada missionária pela América e Oriente, adaptando-se a costumes locais e incorporando as inovações na arte dramática profana. Seu estilo teve uma influência também na obra de Pierre Corneille, Molière e Goldoni. Embora esse teatro não tenha chegado às regiões protestantes, pelo menos na Inglaterra exerceu influência no teatro estudantil cômico e na representação de dramas sacros no Natal.Por outro lado, na Espanha foi recebido com entusiasmo, fundindo-se à já grande tradição dos autos sacramentais que tivera origem na Idade Média. Os autos espanhóis se tornaram então obras de arte erudita, estando entre os principais gêneros dramáticos da Espanha barroca, e alguns foram produzidos pelos melhores poetas do Século de Ouro. Paralelamente a Espanha desenvolveu um teatro profano de particular vigor e sucesso de público, com um estilo passional, romântico e lírico, tratando de uma multiplicidade de temas, mas geralmente envolvendo o amor e a honra, num tratamento realista e vivaz. Lope de Vega, Tirso de Molina e Calderón de la Barca estão entre seus grandes expoentes.

A França, que no século XVI tinha um teatro pobre, no século XVII se tornou um dos maiores centros europeus, formando uma forte escola nacional de tendência classicista, em temas sérios e cômicos, com representantes notáveis em Racine, Corneille e Molière. Na Inglaterra já havia uma sólida tradição de teatro profano desde o tempo de Elisabeth I, de modo que os ingleses puderam assimilar inovações italianas sem perder sua individualidade. Preocuparam-se com a unidade dramática e estabeleceram uma distinção mais clara entre comédia e drama do que aquela praticada no teatro elisabetano, quando a tragicomédia se tornara favorita da aristocracia, com bons representantes em John Fletcher e Francis Beaumont. As peças de Fletcher conheceram grande popularidade até passada a metade do século XVII, ultrapassando as de Shakespeare e explorando o romance, a honra, a surpesa e o suspense às expensas da caracterização dos personagens. Ao mesmo tempo se popularizaram o gênero da pastoral, um idílio mitológico ambientado no campo, que dava margem ao uso de recursos cênicos espetaculosos, e o da mascarada, combinando música, poesia, dança e cenários e figurinos extravagantes inspirados na Itália. A associação do arquiteto Inigo Jones como cenógrafo com o libretista Ben Johnson produziu algumas das mais refinadas mascaradas inglesas. Na Guerra Civil os teatros profanos foram fechados, e em sua reabertura dezoito anos depois a tradição de teatro profano estava completamente transformada, voltando-se para as comédias de costumes e reservado às elites, com uma qualidade geral mais baixa. Uma tentativa de elevar novamente o nível do teatro inglês foi feita por John Dryden, criando peças heróicas. Os ingleses foram ainda os responsáveis pela reativação do teatro germânico, que fora muito prejudicado pelas guerras, através da presença de companhias itinerantes, até que a influência italiana começou a predominar no final do século XVII, quando a qualidade geral do teatro europeu sofreu sensível declínio, somente restaurado no século XVIII, especialmente com peças de conteúdo burguês ou satirico.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Arte Moderna

Arte Moderna é o termo genérico usado para designar a maior parte da produção artística do fim do século XIX até meados dos anos 1970 (embora não haja consenso sobre essas datas e alguns de seus traços distintivos[1]), enquanto que a produção mais recente da arte é chamada frequentemente de arte contemporânea (alguns preferem chamar de arte pós-moderna). É uma forma de pintura e escultura que surgiu nos fins do século passado, reagindo contra as obras clássicas. Os primeiros pintores modernos foram os impressionistas, que escolhiam cenas de exteriores, pessoas humildes, paisagens, etc. como seus temas. Depois deles surgiram outros movimentos de arte moderna, sempre inovando e criando novas maneiras de expressar-se. As cores vivas e as figuras deformadas (para exprimir sofri­mento), os cubos e as cenas sem lógica, são recursos que os modernistas usam para criar uma pintura livre dos modelos antigos.

Foi muito difícil para esses artistas serem aceitos, pois os críticos não aceitavam as novidades. Com o tempo, porém, foram aumentando as exposições, e o público passou a aceitar e entender os modernistas, admirando suas obras. Fazem-se exposições em muitos lugares, e em São Paulo há o Museu de Arte Moderna, com mostras regulares, assim co­mo as Bienais, e outras iniciativas para estimular o artista moderno.
A arte moderna se refere a uma nova abordagem da arte em um momento no qual não mais era importante que ela representasse literalmente um assunto ou objeto (através da pintura e da escultura) -- o advento da fotografia fez com que houvesse uma diminuição drástica na demanda por certos meios artísticos tradicionais, a pintura especialmente. Ao invés disso, e é aí que a idéia de moderno começa a tomar forma, os artistas passam a experimentar novas visões, através de idéias inéditas sobre a natureza, os materiais e as funções da arte, e com freqüência caminhando em direção à abstração. A noção de arte moderna está estreitamente relacionada com o modernismo.

Durante as primeiras décadas, a arte moderna foi um fenómeno exclusivamente europeu. As primeiras sementes de idéias modernas vieram nas artes vieram dos artistas do romântico, como Charles Baudelaire, e do realistas. Em seguida, representantes do impressionismo e pós-impressionismo experimentaram começando com as maneiras novas de representar a luz e o espaço através da cor e da pintura. Nos anos pré-I Guerra Mundial do século XX, uma explosão criativa ocorreu com fauvismo, cubismo, expressionismo e futurismo.

I Guerra Mundial trouxe um fim a esta fase, mas indicou o começo de um número de movimentos anti-arte, como dada e o trabalho de Marcel Duchamp, e do surrealismo. Também, os grupos de artistas como de Stijl e Bauhaus eram seminal no desenvolvimento de idéias novas sobre o interrelação das artes, da arquitetura, do projeto e da instrução da arte. fresco Arte moderna foi introduzida na América durante a I Guerra Mundial quando um número de artistas de Montmartre e Montparnasse bairros de Paris, França fugiram da guerra. Francis Picabia (1879–1954), foi o responsável de trazer a Arte Moderna para a cidade de Nova York. Foi somente após a II Guerra Mundial, no entanto, que os EUA se transformaram no ponto focal de novos movimentos artísticos. As décadas de 1950 e 1960 viram emergir o expressionismo, Surrealismo, concretismo, cubismo, fauvismo, futurismo, Arte cinética, realismo social, abstracionismo,Primitivismo(Arte Ingênua)]], pop art, op art e arte mínima. Entre 1960 e 1970, a arte da terra, a arte do desempenho, a arte conceitual e Fotorealismo emergiram.

Em torno desse período, um número artistas e de arquitetos começaram a rejeitar a idéia de "o moderno" e criou tipicamente trabalhos pós-modernos. Partindo do período pós-guerra, poucos artistas usaram pintura como seu meio preliminar. Toda a produção do surgimento das personalidades artísticas do século vinte precisa ser condensada e reavaliada paradigmaticamente para o século vinte e um pois surge gradativamente um novo ramo de potencialização da expressão artística humana que deverá ser classificado oficialmente em breve tendo seus defensores iniciais reconhecidos.

Características da Arte Neo-Moderna ou Neo-Pós-Moderna:
Valorização dos elementos da cultura locais e regionais. Compreensão da instância da liberdade civil humano-adâmica proporcionada pela cultura. Independência do homem em relação à ignorância. Entendimento da profundidade da aplicação da justiça e da sua intuitiva necessidade. Paradigma multi-racial. Pacifismo político e na originalidade valorização de todas as instâncias originais promotoras da harmonia pacífica em nome da tradicionalidade. Identificação da expressão universal na intrinsecidade significativa da obra artística individual. Consciencialidade sobre a origem científica do homem no Universo. Expressão da esotericidade e da religiosidade dentro de um mesmo paradigma multisignificativo e multiadaptável em harmonia.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Ditadura

O que é ditadura e características

Ditadura é uma forma de governo em que o governante (presidente, rei, primeiro ministro) exerce seu poder sem respeitar a democracia, ou seja, governa de acordo com suas vontades ou com as do grupo político ao qual pertence.

Na ditadura não a respeito à divisão dos poderes (executivo, legislativo e judiciário). O ditador costuma exercer os três poderes.

Para evitar oposição, as ditaduras costumam proibir ou controlar os partidos políticos. Outras táticas ditatoriais envolvem a prisão de opositores políticos, censura aos meios de comunicação, controle dos sindicatos, proibição de manifestações públicas de oposição e supressão dos direitos civis.

Os governos ditatoriais costumam apoiar seu poder no uso das forças armadas.

Entre os anos de 1964 e 1985, o Brasil foi governado por uma forma de governo deste tipo. Sem eleições diretas para presidente da república, vários militares se alternaram no poder.

sábado, 3 de maio de 2008

História de Altamira

A origem do município de Altamira está relacionada com o pioneirismo da presença dos missionários da Companhia de Jesus no rio Xingu, antes de 1750. Após ao vencerem, por terra, a Volta Grande daquele rio, os jesuítas introduziram os primeiros traços de civilização naquela região. Na margem esquerda do rio Xingu, acima da foz do rio Ambé, fundaram uma missão religiosa. Fazendo ligação entre essa missão e a localidade de Cachoeira, no rio Tucuruí havia uma estrada primitiva, que desempenharia um papel importante na história de Altamira.

Após a expulsão dos jesuítas, esta estrada ficou praticamente abandonada e foi posteriormente reconstruída, em 1868, pelos, Capuchos da Piedade, dos frades Ludovico e Carmelo de Mazzarino, com índios das tribos Tacuúba, Penes e Jurunas, aos quais depois se juntaram os índios das tribos Achipaiás, Curiarias, Araras e Carajás. Ao se instalarem na antiga missão dos jesuítas, os Capuchinhos reergueram-na e, contando com um número maior de índios de diferentes tribos, promoveram o seu crescimento e desenvolvimento.

A partir dessa missão dos capuchinhos estabeleceram-se os fundamentos de um povoamento que, transformou-se no povoado de Altamira, mais tarde vila de Altamira. Não se sabe, entretanto, a data precisa em que o povoado foi fundado. Pela tradição deixada pelos capuchinhos, o major Leocádio de Souza, viu a possibilidade de reconstruir o caminho, não mais de Cachoeira, porém, da foz do rio Tucuruí até o povoado de Altamira e, neste sentido, organizou uma destacada expedição para efetuar o seu definitivo reconhecimento. Como não obteve êxito, posteriormente, em 1880, o coronel Gaiôso retomou a empreitada, com um grande número de escravos de sua propriedade, abrindo um pico da foz do rio Joá à embocadura do rio Ambé, iniciando a construção de uma boa estrada de rodagem, que ficou paralisada e perdida em conseqüência da Lei Áurea de 13 de maio de 1888, que o privou de sua escravaria. O baiano Agrário Cavalcante resolveu continuar a tarefa, na parte relativa à abertura da estrada para o Ambé, não conseguindo porém ver seus esforços coroados de resultados, uma vez que veio a falecer.

Seu sobrinho José Porfírio de Miranda Júnior concluiu definitivamente a grande via e adquiriu a sua propriedade. Essa estrada foi um elemento importante de prosperidade de Altamira. Em face da Lei n.º 811, de 14 de abril de 1874, foi criado o município de Souzel, incluindo no seu território o povoado de Altamira. Devido à sua grande extensão, Souzel (o maior Município do Estado do Pará) necessitava de uma divisão administrativa, bem como se fazia necessário o estabelecimento de um Governo Municipal, no alto Xingu, que era uma região mais desenvolvida do que o baixo Xingu. Com isso, Souzel foi desmenbrado, dando origem ao município de Xingu, incorporando Altamira, que passou a sede do novo Município. Pelo Decreto Legislativo nº 1.234 de 6 de novembro de 1911, o poder público, resolveu criar o município de Altamira, passando o Souzel a ser distrito desse novo Município.

Fixando, o Decreto nº 1852 de 29 do mesmo ano, para o dia primeiro de janeiro do ano seguinte, a sua instalação. A cidade de Altamira recebeu esse título pela Lei nº 1604 de 27 de setembro de 1917, ao mesmo tempo que transferiu para ali a sede da comarca do Xingu. Os Decretos Estaduais de números 6 de 4 de novembro de 1930 e 72 de 27 de dezembro do mesmo ano mantiveram o município de Altamira. Pelo dispositivo da Lei Estadual de nº 8 , de 31 de outubro de 1935, que menciona todos os municípios existentes no Pará, manteve o denominado Xingu, compreendendo o território do antigo município de Altamira e a subprefeitura do Xingu, sede na cidade de Altamira.
No quadro da divisão territorial, datado de 31 de dezembro de 1936, o município de Xingu, ainda com sede em Altamira, compunha-se de onze distritos: Altamira, Novo Horizonte, São Félix, Porto de Moz, Tapará, Vilarinho, do Monte, Veiros, Aquiqui, Souzel e Alto Xingu.

Conforme disposto no Decreto-Lei nº 2.972 de 31 de março de 1938, o município de Xingu teve seu nome alterado para Altamira, o qual estava integrado por dois distritos: Altamira e Novo Horizonte. Segundo a divisão territorial estabelecida pelo Decreto-Lei nº 3.131 de 31 de outubro de 1938, para o período 1939-43, o município de Altamira apresentava-se constituído pelo distrito sede, dividido em duas zonas, sendo a primeira: Altamira e Iriri Curuá e a Segunda: Novo Horizonte e São Félix. Pela divisão estabelecida pelo Decreto nº 4.505, de 30 de dezembro de 1943, para o período de 1944-48,o Município compunha-se de dois distritos: Altamira e o de Gradaús, antigo Novo Horizonte.

Em 1955 houve uma primeira tentativa de desmembramento do seu território para constituir os municípios de São Félix do Xingu e Souzel, mas o Supremo Tribunal Federal a considerou inconstitucional. O governo do Estado do Pará, em janeiro de 1956, tornou insubsistente tal desmembramento. Porém, em 1961, através da Lei nº 2.460 de 29 de dezembro, durante o governo de Aurélio Corrêa do Carmo, o município de Altamira foi desmembrado para reconstituir o município de Souzel, com o nome de Senador José Porfírio e criar o município de São Félix do Xingu.

Em 1991, teve novamente seu teritório desmembrado para dar origem, juntamente com parte dos territórios de Medicilândia e Porto de Moz, ao município de Brasil Novo. Também deu origem ao município de Vitória do Xingu, desanexando parte do seu território e dos municípios de Senador José Porfírio e Porto de Moz, perdendo assim o distrito de Gradaús.
Atualmente, é integrado pelo distrito de Castelo de Sonhos.