domingo, 31 de maio de 2009

Vietnã: há 35 anos da derrota dos Estados Unidos

Faz 35 anos, em 30 de abril de 1975, os tanques das Forças Armadas Populares de Libertação do Vietnã penetraram nos muros exteriores do antigo Palácio Presidencial de Saigon e seus combatentes içaram as bandeiras vitoriosas do Governo Revolucionário Provisório e da Frente Nacional de Libertação.
A guerra e a ocupação militar e política dos Estados Unidos terminaram nesse dia, definitivamente.
Havia passado mais de uma década desde que, em agosto de 1964, o governo dos Estados Unidos, presidido então por Lyndon B. Johnson, havia cometido a grande fraude da auto-agressão a um barco norte-americano. O fato foi conhecido como "acontecimentos do Golfo de Tonkín" e serviu de pretexto para iniciar a guerra aérea de destruição contra o Norte do Vietnã e justificar a guerra especial no Sul.
Na realidade, desde 1971 os estadunidenses haviam começado a perder a guerra quando não puderam controlar as fronteiras entre Vietnã, Laos e Camboja pela estrada 9 e o Pentágono fora derrotado em sua guerra meteorológica, que tinha como objetivos danificar os diques e represas do Norte.

As forças de Lon Nol e Sirik Matak, no Camboja, estavam em bancarrota, as zonas liberadas abarcavam mais de 50% dos cenários da guerra, e uma forte ofensiva militar dos patriotas do Sul havia obrigado a Casa Branca a assinar os acordos de Paris de 27 de janeiro de 1973 para restabelecer a paz no Norte. Mas os Estados Unidos não se haviam rendido e o presidente de então, Richard M. Nixon,mantinha sua febril e veemente ideia de dominar e acabar com as forças de libertação. Os ocupantes tinham deslocado, nas cinco zonas militares em que dividiram o Sul do país, 1 milhão 200 mil soldados saigoneses, agrupados em 13 divisões, sem incluir o pessoal da marinha e da aviação, esta última dotada de mil 800 aparatos táticos, a metade deles helicópteros, mil 400 unidades de superfície, 2 mil embarcações fluviais, sofisticados equipamentos de comunicação e de outras especialidades.

Contavam, além disso, com cinco super portos, numerosas bases aeronavais, como as de Da Nang, a maior do mundo então, Cam Ranh, 10 aeroportos de envergadura como o de Tan Son Nhut em Saigon e 200 médios e pequenos aeroportos.
VietcongAnte a evidente deterioração da situação do inimigo e das flagrantes violações dos acordos de Paris por parte de Washington, o comando político vietnamita instruiu o Estado-maior de suas Forças Armadas a preparar a batalha final pela libertação, quando apenas começava o ano 1974. A primeira prova se produziu com a batalha contra a base de Phuoc Long, onde estavam acantonados 5 mil soldados do regime saigonês.
A essa vitória sucederam muitas outras, as quais determinaram que o Comitê Central escolhesse 10 de março de 1975 como data para lançar a grande ofensiva final.

O ponto de partida foi a cobiçada Buon Me Thuot, nos planaltos centrais, onde as forças de libertação, em vez de atacar a periferia como costumavam fazer, se ccomunicação. Dessa maneira, deixaram o país dividido pela metade, debilitando as tropas inimigas, o que possibilitou que fossem caindo escalonadamente baluartes militares como Pleikú, Che Reo, Hue, Da Nang, Nha Trang, Luang Tri e muitos outros.
A longa e fortificada cadeia de bases e acampamentos militares saigoneses em toda a extensão do país se foi desmantelando como um castelo de cartas, a uma velocidade insuspeitável.
Assím o percebíamos os que nesse momento estávamos em Hanoi e corroborávamos com os especialistas militares que nossos anfitriões do Norte punham a nossa disposição para ter de primeira mão notícias do que acontecia e fazer reportagens fiéis para nossos meios de comunicação.

Durante os dias 26, 27 e 28 de abril, a ofensiva patriota se generalizou por toda a faixa costeira e permitiu consolidar o dominio das regiões militares I e II. Aquilo determinou a decisão do Comitê Central de ordenar a Operação Ho Chi Minh pela libertação de Saigon, que originalmente não estava no plano, segundo nos explicaram ulteriormente os chefes da ofensiva.

A batalha final se iniciou com combates encarniçados em Long Binh, Xuan Loc, Bien Hoa e Cu Chi, casa por casa e polegada a polegada, para romper o famoso cordão sanitário que protegíi militarmente a capital sulista. Ho Chi MinA Operação Ho Chi Minh foi fulminante e durou menos de 48 horas.
No dia 28, vendo já indefectivelmente perdido o regime de Nguyen Van Thieu, o embaixador estadunidense Graham Martin fugiu de Saigon pelo telhado da sede diplomática num helicóptero, vergonhosa cena que ficou impressa para a história em jornais, revistas e filmes.

Às 13h30 do 30 de abril de 1975, três tanques PT76 e duas tanquetas norte-americanas repletas de jubilosos combatentes revolucionários, baixavam a toda velocidade pela rua Pesteur em direção ao rio Mekong em meio a aclamações; chegaram ao Palácio Presidencial e irromperam nele derrubando em sua passagem uma parte do muro exterior que o rodeava. Poucos dias depois, quando o mundo já havia festejado o Primeiro de Maio, dia dos Trabalhadores, e com a grata coincidência de ser o mês de nascimento e de homenagem ao heroi eterno do país, Saigon foi batizada para sempre com seu nome: Cidade Ho Chi Minh.

O general Vo Nguyen Giap, a quem encontramos de maneira fortuita nas praias de Nha Trang rumo a Saigon ainda com cheiro de pólvora, nos confirmava o êxito rotundo e definitivo da guerra de todo o povo.
Em 30 de abril de 1975, não só caiu o regime títere saigonês e com ele a ocupação do então Vietnã do Sul que o governo dos Estados Unidos havia sustentado a um preço desmesurado desde a derrota dos colonialistas franceses na década dos anos 50 do século passado.
Caiu um regime despótico, cruel e sanguinário, instalado pelo imperialismo no Vietnã do Sul a sangue e fogo, com o que haviam estancado no paralelo 17 a revolução nacional democrática liderada por Ho Chi Minh.

Foi quebrada uma estratégia depurada dos imperialistas para produzir o neocolonialismo estadunidense em série, e sepultada a expansão norte-americana no Sudeste da Ásia. E, naquele então, resultou frustrada a possibilidade de que a experiência estadunidense na Indochina fosse aplicada na América Latina, África e outras zonas de influência norte-americana. No plano corporativo, também ficaram para trás as ambições desmedidas das transnacionais de arrancar até as últimas riquezas naturais da Península.

No estratégico, saiu derrotada a manuseada e enfermiça sede de vitória por meio das armas que propugnava o chamado "mundo livre".
O Vietnã, realmente, teve que marcar o limite até o qual poderia chegar o expansionismo norte-americano.

Com o Afeganistão e o Iraque, e com o estabelecimento de bases militares na Colômbia, as últimas administrações estadunidenses, incluída a de Barack Obama, demonstraram que não querem aprender as lições da história.
Por isso mesmo, a experiência do Vietnã não pode ser desaproveitada pela América Latina nestes tempos de tantos perigos, ameaças e aventureirismos.

sábado, 30 de maio de 2009

Engano e crime: inseparáveis nas agressões contra Cuba

Havana, 15 abr. (PL) - Engano e crime parecem ser duas partes inseparáveis nas agressões contra Cuba, atacada hoje por uma campanha mediática e 49 anos atrás vítima de bombardeios de oito aviões B-26. Essas aeronaves, com as insignas da Força Aérea Revolucionária e o símbolo nacional, respondiam aos interesses mercenários e, em lugar de defender um povo vitorioso, arremeteram de maneira vil contra ele.

Quase meio século depois, os mesmos inimigos, eternos violadores dos direitos humanos, impulsioram uma onda internacional de mentiras em aras de desacreditar um processo que pôs o homem como verdadeiro protagonista do bem social. A carga mortífera dos B-26 encontrou alvos em três aeroportos da maior ds Antilhas: um no municipio havaneiro de San Antonio de los Baños, outro nesta capital e o último na oriental cidade de Santiago de Cuba.

O propósito dos ataques era destruir os aviões em terra e privar à maior ds Antilhas desses meios para sua defesa ante a invasão que por Playa Girón, na ocidental província de Matanzas, ocorreria umas horas depois. Naquela madrugada de 15 de abril de 1961, artilheiros, pilotos e mecânicos cubanos ocuparam rapidamente seus postos e muitos jovens puseram a funcionar todas as peças antiaéreas em questão de segundos.

De acordo com testemunhos de protagonistas de ditos sucessos uma decisão ocupava suas mentes: defender até as últimas consequências a independência e soberania conquistadas com muito sangue, suor e sacrifício. Sete mortos e 53 feridos constituiram o nefasto saldo para os cubanos, que desde esses instantes permaneceram em pé de guerra durante quatro dias para assestar a primeira derrota do imperialismo estadunidense em América Latina.

A administração norte-americana reconheceu a paternidade dos ataques dos referidos aviões e a posterior invasão mercenária conhecida em círculos políticos de Washington como a da Baía dos Porcos. Entre as vítimas fatais esteve o jovem de 25 anos Eduardo García Delgado, membro das Milícias Nacionais Revolucionárias e artilheiro do aeropuerto de Ciudad Libertad na capital, um dos bombardeados.

Momentos antes de perder la vida, este homem, que figura na lista de mais de 2. 350 compatriotas seus mortos em consequência da política agressiva dos Estados Unidos contra Cuba desde 1959, escreveu com seu sangue "Fidel". O gesto de García Delgado encerra uma grande dose de simbolismo e a fidelidade ao líder da Revolucção cubana, Fidel Castro, guia de um processo que resistiu com sobrada dose de dignidade a inumeráveis ataques.

Inspirado no heróico comportamento, o Poeta Nacional cubano, Nicolás Guillén, criou um poema intitulado "La Sangre Numerosa", cujos primeiros versos afirmam: "Quando com sangue escreve/ Fidel este soldado que pela Patria morre/ não digais miserere:/esse sangue é o símbolo da Pátria que vive".

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Brincadeiras do Folclore

O que são

Além dos contos, danças, festas e lendas, o folclore brasileiro é marcado pelas tradicionais brincadeiras. As brincadeiras folclóricas são aquelas que passam de geração para geração. Muitas delas existem há décadas ou até séculos. Costumam sofrer modificações de acordo com a região e a época, porém, a essência das brincadeiras continua a mesma da origem.

Grande parte das brincadeiras folclóricas envolve disputas individuais ou em grupos. Possibilitam também a integração e o desenvolvimento social e motor das crianças.

A preservação destas brincadeiras é muito importante para a manutenção da cultura folclórica. Por isso, são muito praticadas, principalmente, durante o mês de agosto que é destinado ao folclore.

Jogos, brincadeiras e brinquedos do folclore:

- Soltar pipa: as pipas, também conhecidas como papagaios, são feitas de varetas de madeira e papel. Coloridas, são empinadas (soltadas) pelos meninos em dias de vento. Com uma linha, os garotos conseguem direcionar e fazer malabarismos no céu.

- Estilingue: também conhecidos como bodoques, são feitos de galhos de madeira e borracha. Os meninos usam pedras para acertar alvos (latas, garrafas e outros objetos).

- Pega-pega: esta brincadeira envolve muita atividade física. Uma criança deve correr e tocar outra. A criança tocada passa ter que fazer o mesmo.

- Esconde-esconde: o objetivo é se esconder e não ser encontrado pela criança que está procurando. A criança que deverá procurar deve ficar de olhos tapados e contar até certo número enquanto as outras se escondem. Para ganhar, a criança que está procurando deve encontrar todos os escondidos e correr para a base.

- Bola de gude: coloridas e feitas de vidro, são jogadas no chão de terra pelos meninos. O objetivo é bater na bolinha do adversário para ganhar pontos ou a própria bola do colega.

- Boneca de pano: feitas pelas mães e avós, são usadas em brincadeiras pelas meninas para simular crianças integrantes de uma família imaginária.

- Pião: a brincadeira de pião ainda faz muito sucesso, principalmente, nas regiões do interior do Brasil. Feitos de madeira, os piões são rodados no chão através de um barbante que é enrolado e puxado com força. Muitas crianças pintam seus piões. Para deixar mais emocionante a brincadeira, muitos meninos fazem malabarismo com os piões enquanto eles rodam. O mais conhecido é pegar o pião com a palma da mão enquanto ele está rodando.

sábado, 2 de maio de 2009

Recordada libertação do fascismo na Alemanha

Berlim, 8 mai. (PL) ─ Dezenas de milhares de pessoas evocaram hoje na Alemanha o Dia da Libertação do fascismo há 65 anos.
Desde as primeiras horas deste sábado, os assistentes à comemoração depositaram flores no monumento do parque berlinense de Treptow, erigido entre 1947 e 1949, como tumba para cinco mil soldados soviéticos caídos na luta contra os nazistas.

Agrupações antifascistas organizaram uma festa popular no parque, enquanto em outras cidades da Alemanha se efetuaram atividades pela efeméride.
Em 8 de maio de 1945, o marechal de campo nazista Wilhelm Keitel assinou a rendição oficial da Alemanha nazista diante do marechal russo Georgi Zhúkov, do Exército Vermelho,no bairro berlinense de Karlshorst.

Entretanto,o 8 de maio já não é um dia festivo oficial na Alemanha.
Somente no estado federado de Mecklemburgo-Pomerania Ocidental se celebra a capitulação da Alemanha nazista, herança da desaparecida República Democrática Alemã.
Numa entrevista com o jornal socialista Neues Deutschland, o presidente da Associação de perseguidos do regime nazista-Liga de Antifascistas (VVN-BdA), Hans Coppi, advertiu contra uma troca de paradigmas no tratamento da história.

Em muitos países europeus, o 8 de maio prossegue sendo um dia festivo, disse Coppi.
Entretanto, recordou que o Parlamento Europeu votou há umas semanas com uma maioria conservadora pelo 23 de agosto de 1939 como día comemorativo europeu "para as vítimas de todos os regímenes totálitarios e autoritários".

Conforme o presidente de la VVN-BdA, "tratam de eliminar o 8 de maio como símbolo de uma identidade europeia comum para equiparar o comunismo com o fascismo".
Nesse contexto, funcionários europeus pretendem atribuir à antiga União Soviética e à Alemanha nazista a mesma responsabilidade pela Segunda Guerra Mundial, agregou o presidente da associação antifascista mais antiga da Alemanha.