sábado, 6 de junho de 2009

Império Espanhol

É denominado Império Espanhol o conjunto de territórios conquistados, herdados e reclamados pela Espanha ou pelas dinastias reinantes na Espanha, entre os séculos XVI e XX, abrangendo países agora independentes na Europa, Américas, África e Ásia; ainda que em alguns deles, tais como as grandes pradarias da América do Norte ou a mais ao sul da América do Sul, a presença estável espanhola foi muitas vezes mais teórica que real. Alcançou os 20 milhões de quilômetros quadrados ao final do século XVIII. Durante os séculos XVI e XVII criou-se uma estrutura própria não sendo chamado de império colonial até o ano de 1768,[1] sendo no século XIX quando adquire estrutura puramente colonial.

Não existe uma postura unânime entre os historiadores sobre os territórios concretos possuídos pela Espanha porque, em ocasiões, fica difícil delimitar se determinado lugar era parte da Espanha ou formava parte das possessões do rei da Espanha, especialmente em uma época em que não estava clara a diferença entre as possessões do rei e as do país aonde residia, como tampouco a herança e finanças. Assim, tradicionalmente se consideram os Países Baixos como parte do mesmo (tese majoritária na Espanha e nos Países Baixos entre outros); mas existem autores como Henry Kamen que proclamam que esses territórios nunca se integraram ao Império Espanhol, e sim nas posses pessoais dos Austrias.name="aventura1">Henry Kamen, La aventura de la Historia, nº 76, fevereiro de 2005, El Mundo, Madrid.

Os espanhóis começaram as suas explorações pelo ocidente, com a descoberta das Índias Ocidentais por Cristóvão Colombo, em 1492 e iniciaram imediatamente a colonização forçada do continente americano. Em meados do século XVI, a Espanha controlava quase toda a zona costeira das Américas, desde o Alasca à Patagônia, no ocidente, e desde o atual estado estadunidense da Geórgia, toda a América Central e o Caribe até a Argentina – com excepção do Brasil, pertencente a Portugal (ver Tratado de Tordesilhas).

sexta-feira, 5 de junho de 2009

O que é a História?

A História é uma palavra que vêm do grego "ιστορ" que significa "testemunha", e é um termo genérico geralmente aplicado em referência a ocorrências passadas. O significado de história, segundo a edição de 1911 da Enciclopédia Britannica é que "a história, em seu senso geral, é tudo o que aconteceu, não somente os fenómenos da vida humana como também os acontecimentos ocorridos no mundo natural. Inclui tudo o que passa por mudanças; e como as ciências modernas já mostraram que nada no universo é absolutamente estático, conclui-se que todo o universo, e todos os seus componentes, possuem sua própria história." Os historiadores usam várias de fontes de informação para construir a sucessão de eventos históricos, como, por exemplo, escritos, gravações, entrevistas e achados arqueológicos. Algumas abordagens são mais freqüentes em certos períodos do que em outros e o estudo da História também acaba apresentando costumes e modismos. O objetivo do historiador é, procurar no presente, respostas do passado.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Instituto de História

"História, cultura e arte: o que fazemos à todo segundo"


Sacro Império Romano-Germânico"... Diz-me para que serve a História" – é a frase que abre o livro do historiador francês Marc Bloch, destinado a responder à interrogação de um jovem, curioso – ou preocupado... -, com a aparente inutilidade da profissão do seu pai... Marc Bloch respondeu com um livro, com toda uma obra historiográfica, mas também com um percurso de cidadania. Deu aulas, fundou grupos de discussão sobre o passado, tentou renovar a forma como os homens olhavam para as suas origens e sugeriu que não as mitificassem de forma prejudicial.

O Instituto de História é o responsável dentro da Wikiversidade pela criação, manutenção e coordenação dos departamentos, cursos e disciplinas de nível fundamental, técnico, superior e livres nas áreas de História assim como por cursos e disciplinas em união com outros Institutos.

Sinta-se à vontade para visitar as páginas do Instituto, participar dos cursos, manter contato com os participantes dos diversos Departamentos, e caso se sinta preparado não se acanhe em colaborar com edições e participar das discussões. Se você é um estudioso de algum curso da área de História, colabore com o Instituto de História da Wikiversidade. Inscreva-se como tutor ou autor de conteúdo didático e participe!

terça-feira, 2 de junho de 2009

História de Rolândia

A cidade de Rolândia foi fundada pela “Companhia de Terras Norte do Paraná”, subsidiária da “Paraná Plantation Ltda”, cujos donos eram ingleses. No dia 29 de junho de 1934, iniciou-se a construção da primeira casa no perímetro urbano, o Hotel Rolândia. Daí para frente as construções se sucederam e uma próspera vila emergiu no local da mata. Nascia Rolândia.

A fama da fertilidade da “Terra Roxa” se espalhou por todos os rincões do país e o Norte do Paraná ficou sendo conhecido como a Canaã Brasileira. Logo, estrangeiros mineiros, paulistas, baianos e filhos de imigrantes alemães radicados em Santa Catarina e Rio Grande do Sul estavam povoando e construindo Rolândia. Os imigrantes estrangeiros foram direcionados a se estabelecerem aqui, ou por alguma Sociedade que cuidava da imigração, ou por orientação da própria Companhia de Terras.

Dos imigrantes estrangeiros que colaboraram no desenvolvimento de Rolândia, destacam-se japoneses, alemães, italianos, portugueses, espanhóis, sírio-libaneses, húngaros, suíços, poloneses, tchecos, austríacos, entre outros. O nome de Rolândia é de origem germânica, nome dado em homenagem a Roland, legendário herói alemão, que na Idade Média guerreava ao lado de seu tio, Carlos Magno, e seu lema era lutar pela “Liberdade e Justiça”.

Após a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha foi assolada por uma grande crise econômica. Alguns políticos alemães, interessados em solucionar os problemas, principalmente dos filhos dos pequenos lavradores, criaram Companhias com objetivo de incentivar a imigração. Entre estas se destacou a “Companhia Para Estudos Econômicos Além-Mar”. Esta Companhia teve como 1º Presidente o Ministro Alemão Hans Luther, e alguns anos após, Erich Koch-Weser assumiu a presidência. Neste período muitas Companhias Colonizadoras Inglesas ofereciam terras aos interessados em imigração, entre elas, a “Paraná Plantation Ltda.” que possuía duas filiais no Brasil, A “Companhia de Terras Norte do Paraná” e a “Companhia Ferroviária São Paulo-Paraná”.

Ao assumir a presidência da Companhia para Estudos Econômicos Além-Mar, Erich Koch-Weser convidou Oswald Nixdorf para estudar junto à “Paraná Plantation”, um local ideal para dar início a uma colonização alemã no Brasil. (1931): Escolhido o local, em 1932, Nixdorf é contratado pela Companhia Alemã, com a finalidade de seguir para o Brasil e aqui orientar os imigrantes alemães. No início, os imigrantes que se dirigiram ao Brasil eram basicamente constituídos de filhos de agricultores ou pessoas que queriam tentar a sorte em outro país.

Contudo, a partir das perseguições políticas, religiosas e raciais, desencadeadas pelo Nazismo, o tipo de imigrante mudou. Todo aquele que, de uma maneira ou de outra, temia a política repressiva do Nazismo procurou sair da Alemanha. Políticos, religiosos e alemães-judeus (estes quase todos com cursos universitários) vão engrossar o número daqueles que procuraram vir para Rolândia. Em 1934, inicia-se na Alemanha uma restrição à imigração. Até então, o valor que cada imigrante poderia levar consigo era de dez mil marcos. Com a restrição, este valor caiu para dez marcos. A Companhia de Terras logo encontrou a solução, a da PERMUTA.

Como a Companhia de Terras precisava de material para levar a Estrada de Ferro até Rolândia e a Alemanha possuía este material (trilhos etc), ficou combinado que o dinheiro do imigrante ficaria na própria Alemanha. O imigrante compraria o material ferroviário que a Companhia de Terras precisava e em troca recebia títulos que equivaliam a terras em Rolândia. Graças a esta forma de permuta, a Companhia de Terras conseguiu o prolongamento da Estrada de Ferro até Rolândia. Em janeiro de 1935 aqui chegava pela primeira vez a famosa Maria Fumaça.

A contribuição dos imigrantes estrangeiros e dos migrantes brasileiros foi de fundamental importância no desenvolvimento de nossa cidade. Os primeiros anos foram de muitas dificuldades, mas a vontade de vencer e de sobreviver fez do pioneiro um forte, verdadeiro herói anônimo, que além de tudo teve que suportar as agruras decorrentes da Segunda Guerra Mundial.

Rolandia, a exemplo de outras cidades brasileiras, cujos nomes eram de origem germânica, teve que mudar seu nome(assim como Cambé). Em 30 de dezembro de 1943, ao mesmo tempo em que era criado o município de Rolândia, o nome foi trocado para Caviúna. Somente em 1947 é que retornou o antigo nome Rolândia. Hoje, aos 68 de sua fundação, podemos dizer que Rolândia é uma cidade humana, cuja riqueza ainda é proveniente da agricultura.

No começo, os cafezais é que geravam a riqueza; hoje, a diversificação da agricultura se faz presente com destaque na soja, milho, trigo, cana de açúcar e laranja. Rolândia conta ainda com uma empresa frigorifica, uma cooperativa agropecuaria, uma usina de álcool, um setor pecuarista e parque industrial fortes.