sábado, 2 de maio de 2009

Recordada libertação do fascismo na Alemanha

Berlim, 8 mai. (PL) ─ Dezenas de milhares de pessoas evocaram hoje na Alemanha o Dia da Libertação do fascismo há 65 anos.
Desde as primeiras horas deste sábado, os assistentes à comemoração depositaram flores no monumento do parque berlinense de Treptow, erigido entre 1947 e 1949, como tumba para cinco mil soldados soviéticos caídos na luta contra os nazistas.

Agrupações antifascistas organizaram uma festa popular no parque, enquanto em outras cidades da Alemanha se efetuaram atividades pela efeméride.
Em 8 de maio de 1945, o marechal de campo nazista Wilhelm Keitel assinou a rendição oficial da Alemanha nazista diante do marechal russo Georgi Zhúkov, do Exército Vermelho,no bairro berlinense de Karlshorst.

Entretanto,o 8 de maio já não é um dia festivo oficial na Alemanha.
Somente no estado federado de Mecklemburgo-Pomerania Ocidental se celebra a capitulação da Alemanha nazista, herança da desaparecida República Democrática Alemã.
Numa entrevista com o jornal socialista Neues Deutschland, o presidente da Associação de perseguidos do regime nazista-Liga de Antifascistas (VVN-BdA), Hans Coppi, advertiu contra uma troca de paradigmas no tratamento da história.

Em muitos países europeus, o 8 de maio prossegue sendo um dia festivo, disse Coppi.
Entretanto, recordou que o Parlamento Europeu votou há umas semanas com uma maioria conservadora pelo 23 de agosto de 1939 como día comemorativo europeu "para as vítimas de todos os regímenes totálitarios e autoritários".

Conforme o presidente de la VVN-BdA, "tratam de eliminar o 8 de maio como símbolo de uma identidade europeia comum para equiparar o comunismo com o fascismo".
Nesse contexto, funcionários europeus pretendem atribuir à antiga União Soviética e à Alemanha nazista a mesma responsabilidade pela Segunda Guerra Mundial, agregou o presidente da associação antifascista mais antiga da Alemanha.

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