sexta-feira, 3 de julho de 2009

Lembrado atentado terrorista dos Estados Unidos contra La Coubre

Havana, 4 mar. (PL) - Os cubanos recordam hoje um atentado organizado pelos Estados Unidos que explodiu o návio francês La Coubre en 1960 em Havana, no qual morreram mais de uma centena de pessoas e mais de 200 ficaram feridas.
O ato terrorista - que aprofundou a opção dos cubanos de radicalizar o processo revolucionário iniciado em 1959 - só foi superado em dimensão pela invasão de Playa Girón em 1961.La Coubre, procedente de Hamburgo, Bremen, Amberes e Havre, chegou no porto havaneiro às 8 h. (hora local) com um importante lote de armamentos comprado na Bélgica no último trimestre de 1958.

A carga seria entregue por esse governo em cumprimento ao compromisso comercial com a maior das Antilhas, a despeito das pressões de Washington sobre a administração dessa nação europeia para impedir sua venda à nova direção do país caribenho.Pela tarde, às 15 h. 8 min. (hora local), se acionou uma detonação inicial e uma segunda explosão aos 48 minutos, causando o maior número de vítimas, pois nesse momento dezenas de militares e trabalhadores socorriam as vítimas.

Todas as evidências indicavam que, após fracassar os intentos da Casa Branca para cancelar a venda, agentes a serviço da Agência Central de Inteligência colocaram um moderno artefato explosivo entre as caixas de granadas antitanques, o qual se ativou no momento de retirar a carga situada sobre ele.Isso fez esplodir parte das mil 492 caixas de granadas e munições que o navio transportava, com um peso de mais de 490 toneladas métricas, precisa o sitio Cubagob.cu.

Os resultados das investigações demostraram que se tratava duma sabotagem preparada em algum ponto de embarque ou da travessia.No cargueiro viajava, sem uma explicação lógica, um jornalista estadunidense chamado Donald Lee Chapman, que embarcou no Havre e se dirigia a Omaha, estado norte-americano de Nebraska, mas a embarcação só o deixaria em Miami.De acordo com o sitio Cubadebate.cu, todos esses fatos demandaram um lógico e amplo intercâmbio de mensagens entre o governo estadunidense e sua embaixada em Cuba, todavia chama a atenção que não se tenham sido desclassificados documentos sobre esse fato no livro do Departamento de Estado, que compilou as comunicações desses atores em dito período.

Existe um vazío no tráfico entre 18 de fevereiro e 12 de março de 1960, e ainda que tenha sido solicitado - pontualiza Cubadebate.cu - ainda não desclasificaram essa informação.Por esses sólidos argumentos se sustenta que as autoridades norte-americanas ocultaram por mais de quatro décadas o conhecimento que têm desse fato, o que reafirma a hipótese de sua participação na ação terrorista.

Nenhum comentário:

Postar um comentário